terça-feira, 22 de abril de 2014

Adam West II

continuação - 2ª parte
Soldados do 75º Regimento de Rangers
se preparam para tomar 
La Comandancia no El Chorrillo
bairro da Cidade do Panamá, Dezembro de 1989.
Estamos em 1968. Maria Cristina, moça pobre de Governador Valadares, uma cidade do interior de Minas Gerais, chega ao Rio de Janeiro, com apenas 16 anos, acompanhada da irmã da sua mãe, que já residia no Borel, em busca de trabalho e condições de ajudar à família que deixou para trás.

A tia logo arrumou-lhe um emprego de babá, na Tijuca. O casal tinha uma filha de três anos e um adolescente de quinze, muito bonito, bem educado, aluno da Escola Americana do Rio de Janeiro. Com pouco tempo mudou para a residência da família. Os patrões, Mr. e Mrs. Kupfer eram austríacos, e trabalhavam com pedras preciosas em escala internacional, desta forma ficavam mais tempo em viagens do que em casa.

Não demorou muito e enamorou-se do filho. Em 1969 mudaram para New York, e Maria Cristina foi junto. Ainda naquele ano engravidou do rapaz. Mr. Kupfer arrumou-lhe um pequeno apartamento no sul do Brocklin, mobiliou, levou-a para lá sozinha, deu-lhe três mil dólares para as despesas extras e prometeu uma ajuda, que seria repassada pelo sr. Jacob, dono de um armazém próximo ao prédio, a quem foi pessoalmente apresentada pelo seu ex-patrão.

Nunca mais os viu. Residiu ali até o fim dos seus dias, sem nunca ter pago aluguel, luz, gás ou condomínio e religiosamente todo mês tinha um crédito de duzentos dólares para compras no armazém do Sr. Jacob,  além de trezentos dólares para despesas extras.

Em 1973, casou-se com Juan Pablo Gomez, um nicaraguense que trabalhava no porto, com quem teve mais três filhos - Carlos, Maria e Pedro. Enviuvou em 1977, e desde então ficou reclusa.

Adam West, com dezoito anos, alistou-se no United States Army Rangers, e foi encaminhado para a Brigada de Treinamento Ranger (RTB) com sede em Fort Benning, Geórgia, mantendo contato com a mãe por carta. Enquanto participava da invasão do Panamá, na noite de 20 de dezembro de 1989, ela falecia em casa, vitimada por um infarto agudo.

Desta forma, teve autorização para deslocar a New York, a fim de acompanhar o funeral. Não voltou mais, pediu baixa e foi trabalhar no escritório do corretor William Gardner, indicado por um oficial "Ranger". Foi seu grande mestre para todos os segredos de Wall Street. A primeira lição foi sugerir que desligasse todos os laços familiares para ficar livre e centrado apenas em suas ações no mercado financeiro.

Gardner afirmava sempre, em alto e bom som, que West seria um dos melhores e maiores corretores da cidade. Inteligente, destemido, frio, calculista, focado e determinado - tinha os principais ingredientes para ser vitorioso. Parecia já ter nascido para o negócio.

calma, ainda não acabou - tem continuação.


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