sexta-feira, 4 de abril de 2014

Odete, a fidelíssima

Ainda amanhecendo, toca meu insubstituível Nokia 3310, e claro, é Odete, a fidelíssima, nervosa e enraivecida do outro lado da ligação. São nestas ocasiões que a gente gostaria de fingir que não ouviu, mas vamos lá.

- Pronto!!

- Pronto nada, estou sensível demais! Como podem fazer isto comigo?

- Calma Odete, tudo tem uma explicação...

- Calma nada, estou arrasada.

- Mas não era para ficar. Você é a garota sensação da Pitangueira, não sei se sabe, mas toda vez que me liga o índice de busca e acesso aumenta.

- Como assim?

- Uai, as pessoas querem saber mais sobre você, querida.

- Se é assim, fico um pouco mais calma.

- Agora dá para conversar?

- Acho que sim, só estou um pouco nervosa, ansiosa, sei lá...

- Mas o que aconteceu, minha amada?

- Hummm, nunca falou assim ao vivo, com este título... gostei disto, agora conto tudo...

- Então conta, querida.

- Bem, ouvi da Carminha, que soube pela Lucinha, que escutou da Mariana, que captou em uma conversa entre duas raposas espertíssimas do cardinalato, que o desespero tomou conta da banca pig-mentada. Só agora perceberam o cano pelo qual entraram - estavam no conselho, assinaram tudo, viram tudo e não perceberam nenhuma coisa errada, desta forma são testemunhas da Dama de Vermelho e estão juntos para o que der e vier. Segundo Carminha estão mais fiéis do que dizimista de templo salvítico.

- Interessante, mas onde entra a sua ira?

- Amore, em se tratando de Brasília, só eu sou fiel, sempre um de cada vez, e se a moda dos pig-mentados fieis pegar, isto aqui será uma desmoralização total.

- Interessante esta teoria...

- Vem prá Brasília, amore, vem ser fiel comigo...

- Vou pensar!

- Ingrato! 

- Espera, já pensei, eu vou... alô... alô... Odete... caramba, que mulher rápida!  

É isto aí!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Gratidão!