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L'Amour et
Psyche. William-Adolphe Bouguereau. 1889.
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Como seria meu primeiro beijo? Não nada disto, está errado. Eu beijarei! Tenho que ter o pensamento positivo e perguntar-me - como será meu primeiro beijo? E os abraços? Apertá-la? Traze-la ao meu coração depressa? Devagar? E seus seios? Como fazer para encostá-los em mim? Irá sentir dor? Chorar talvez?
Por que não vem um manual junto com a paixão para que possa ler, compreender e interpretar? Por que Deus não dá uma cartilha para cada um, assim, do nada, quando necessitasse da solução dos seus conflitos? Se eu fosse Deus, ninguém ficaria sem respostas. Mas e o beijo? O que faço com a língua? os dentes vão machucá-la? Meus lábios tocarão os seus em determinada ordem?
O que faço com meus braços? E as mãos, meu Deus, onde coloco as mãos? Meu beijo, meu primeiro beijo tem que ser inesquecível, muito mais que lindo, um beijo para sempre. Eu chegarei diante dela, olharei nos seus olhos.., não, não..., nada disto, estarei de olhos fechados, assim não ficarei nervoso.
Mas se fechar os olhos não vejo nada e ela ficará de olhos abertos a achar-me tolo. Meu Deus, se eu fosse Deus, escrevia um manual só para as paixões e seus ritos iniciais. O que fazer com os olhos? Seus olhos são encantadores, verde-azulados, a pele aveludada, a voz ritmada. Tudo nela seduz. Estou apaixonado!
Falta-me o beijo, por que a paixão abrasa. Por que Deus permite que uma paixão promova tanta coisa diferente em mim? Nunca beijei, mas a beijarei... ah! A beijarei! Falta-me só o beijo!
É isto aí!
Falta-me encontrar a pessoa que vai receber, não o meu primeiro beijo , mas "aquele" beijo!
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