Quarenta e oito anos depois, prometem outro golpe e quando prometem, cumprem. Todos os componentes estão aí, fáceis de serem identificados - o cabo Anselmo, o David Nasser, o Carlos Lacerda, o banqueiro - neste caso atual são múltiplos banqueiros, .
Sabem, e têm a consciência plena que do outro lado não está um Getúlio Vargas com saída letal, na primeira tentiva de golpe, ou o Jango sem saída, e que desta vez a maioria silenciosa fará barulho, por isto querem minar com mentiras, acusações torpes e mídia enganosa. Só os que são crentes de sua fé, cerca de 30% da nação tupynambá, acreditam neles, mas acham que quem tem 30% de brancos ao seu lado já ganhou a cadeira.
Digo isto porque na eleição apache, os babacas globalantes, Merdal à frente, babavam na maioria branca do norte que daria vitória ao seu candidato pró-sionista e anti-persa. A cada instante Merdal lembrava que 73% dos apaches eram brancos. Enfim tudo vindo de Merdal é um lixo. No que perderam, voltam seus holofotes para o sul e descem a borduna corrompida e podre em quem ousar enfrentá-los.
Só para recordar, transcrevo trecho de um interessante documentário de Celso Castro:
*Em 64, nos primeiros dias após o golpe, uma violenta repressão
atingiu os setores politicamente mais mobilizados à esquerda no espectro
político, como a União Nacional dos Estudantes, a Confederação Geral dos
Trabalhadores, as Ligas Camponesas e grupos católicos como a Juventude
Universitária Católica (JUC) e a Ação Popular (AP). Milhares de pessoas foram
presas de modo irregular, e a ocorrência de casos de tortura foi comum,
especialmente no Nordeste. O líder comunista Gregório Bezerra, por exemplo, foi
arrastado amarrado pelas ruas de Recife.
O golpe militar foi saudado por importantes setores da
sociedade brasileira. Grande parte do empresariado, da imprensa, dos
proprietários rurais, da Igreja Católica, vários governadores de estados
importantes (como Carlos Lacerda, da Guanabara, Magalhães Pinto, de Minas
Gerais, e Ademar de Barros, de São Paulo) e amplos setores de classe média
pediram e estimularam a intervenção militar, como modo de pôr fim à ameaça de
esquerdização do governo e de se controlar a crise econômica. O golpe também
foi recebido com alívio pelo governo norte-americano, satisfeito de ver que o
Brasil não seguia o mesmo caminho de Cuba. Os Estados Unidos acompanharam de
perto a conspiração e o desenrolar dos acontecimentos, principalmente através
de seu embaixador no Brasil, Lincoln Gordon, e do adido militar, Vernon
Walters, e haviam decidido, através da secreta "Operação Brother
Sam", dar apoio logístico aos militares golpistas, caso estes enfrentassem
uma longa resistência por parte de forças leais a Jango.
* Fonte: http://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/Jango/artigos/AConjunturaRadicalizacao/O_golpe_de_1964
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