sábado, 10 de novembro de 2012

O Discurso do Método da Imprensa Golpista




Ando vendo e lendo tanta bobagem, tanto ódio destilado que passo a quase acreditar que os valores que este próprio poder criou, a partir de Descartes, começam a pulverizar. É dele O Discurso do Método, onde propicia o princípio básico do pensamento universal que transformaria o mundo

É com Descartes que se inicia com plenitude a idade moderna. Busca o conhecimento que brota de si mesmo e das inúmeras experiências que o mundo lhe proporciona. Já no início do Discurso do Método, nos apresenta sua percepção filosófica, quando afirma que a razão está presente de maneira igual em todas as pessoas, não importando a condição social ou de nível de inteligência desenvolvida, o que vai contra o senso comum que classifica tudo automaticamente e naturaliza preconceitos com muita frequência.

Mas, o que diferenciava uma pessoas de outra seria o modo (ou o método) que cada uma conduziria sua razão. A distinção entre o verdadeiro e o falso seria igual em todos os homens, desde que o bom senso imperasse nas suas mentes.

O seu método, considerou fecundamente o processo matemático, devendo ter um espectro universal e a sua aplicabilidade nos mais variados ramos do conhecimento. Definiu-o como o conjunto de normas, que impossibilitam confundir falso e verdadeiro, e são idôneas na condução do ser humano ao conhecimento possível –  já que nem tudo é objeto de conhecimento.

O Discurso do Método estabelece quatro regras absolutamente essenciais:

- A evidência – para aceitarmos alguma coisa por verdadeira, não podemos ter qualquer dúvida sobre a sua veracidade. À evidência opõe-se a conjectura, que é no essencial, dúvida, mesmo que temporária. A evidência é atingida por intermédio da intuição, aqui entendida como um conceito da mente, que no estado de pureza e de atenção, não é atingida por qualquer dúvida objeto do pensamento;

- A análise – as questões devem ser observadas no maior número de partes possível, simplificando-as, para que a razão possa ter um entendimento mais perfeito;

- A síntese – conduzir a investigação do mais simples para o mais complexo, é regra de ouro;

- A enumeração – o investigador deve realizar enumerações exaustivas e revisões gerais, de molde a que tenha a convicção de nada ter omitido.

Cada vez que vejo uma denúncia falsa na imprensa golpista, nas redes sociais, nas conversas informais, penso lá dentro, escondido até de mim - Olha só como estes golpistas são safados - aparentemente Descartes morreu, só que sorrateiramente os bandidos o esconderam para que a choldra não questione a verdade, com evidências, análises, etc.

É isto aí!


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