Socialistas Europeus querem desculpas de Barroso e Merkel
por erros no impacto da austeridade
Fonte1: http://www.ionline.pt/portugal/socialistas-europeus-querem-desculpas-barroso-merkel-erros-no-impacto-da-austeridade
Fonte 2: http://wehavekaosinthegarden.blogspot.com.br/2012/06/cinderela-e-o-sapainho-da-austeridade.html
A União Europeia fez um empréstimo a Portugal de 12 bilhões a juros superiores a 5%. A mesma UE empresta 100 bilhões a Espanha
sem exigir contrapartidas no plano da política econômica e em vez de se tratar
de um empréstimo ao Estado é uma linha de crédito a juros de 3%.
"Foi irresponsável das instituições europeias basear a
sua assessoria política em modelos económicos que têm provado ser altamente
questionáveis", acusa Hannes Swoboda, no dia em que Fundo Monetário
Internacional (FMI) admitiu que o efeito recessivo da austeridade é superior ao
inicialmente previsto.
Na atualização do "Outlook" do FMI, publicação
sobre perspetivas económicas da entidade, é reconhecido que as medidas de
austeridade com o intuito de consolidar as contas públicas geraram um impacto
negativo na economia maior do que o previsto.
Num capítulo intitulado "Estaremos a subestimar os
multiplicadores orçamentais de curto prazo?", o Fundo diz que foi
subestimado o impacto e o efeito negativo do ajustamento orçamental no
crescimento e no emprego, gerando desse modo uma queda do Produto Interno Bruto
(PIB) e um desemprego acima das previsões da entidade.
Para os Socialistas Europeus, os "erros" da
política recessiva têm gerado "enorme sofrimento" nos cidadãos,
especialmente aqueles dos países, como Portugal, onde a 'troika' tem aplicado
um programa de resgate financeiro.
Nesse sentido, o grupo pede à Comissão Europeia, na face do
seu presidente, José Manuel Durão Barroso, e à chanceler alemã Angela Merkel um
pedido de desculpas pelas políticas que têm vindo a ser aplicadas na Europa, em
concreto na zona euro.
O FMI mostrou-se hoje mais pessimista quanto à evolução da
economia global este ano e no próximo, e considera que o agravamento da crise
no euro é um risco "alarmante".
A economia global vai crescer 3,3 por cento este ano e 3,6
por cento no próximo, enquanto a economia da zona euro vai encolher 0,4 por
cento este ano e aumentar apenas 0,2 por cento em 2013.
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