domingo, 18 de novembro de 2012

Portugal às turras com Merkel




Socialistas Europeus querem desculpas de Barroso e Merkel por erros no impacto da austeridade

Fonte1: http://www.ionline.pt/portugal/socialistas-europeus-querem-desculpas-barroso-merkel-erros-no-impacto-da-austeridade
Fonte 2: http://wehavekaosinthegarden.blogspot.com.br/2012/06/cinderela-e-o-sapainho-da-austeridade.html

A União Europeia fez um empréstimo a Portugal de 12 bilhões a juros superiores a 5%. A mesma UE empresta 100 bilhões a Espanha sem exigir contrapartidas no plano da política econômica e em vez de se tratar de um empréstimo ao Estado é uma linha de crédito a juros de 3%.  

O líder dos Socialistas Europeus no Parlamento Europeu (PE), Hannes Swoboda, exigiu hoje um pedido de desculpas a Durão Barroso e Angela Merkel pelo erro no impacto das medidas de austeridade no crescimento económico e criação de emprego.

"Foi irresponsável das instituições europeias basear a sua assessoria política em modelos económicos que têm provado ser altamente questionáveis", acusa Hannes Swoboda, no dia em que Fundo Monetário Internacional (FMI) admitiu que o efeito recessivo da austeridade é superior ao inicialmente previsto.

Na atualização do "Outlook" do FMI, publicação sobre perspetivas económicas da entidade, é reconhecido que as medidas de austeridade com o intuito de consolidar as contas públicas geraram um impacto negativo na economia maior do que o previsto.

Num capítulo intitulado "Estaremos a subestimar os multiplicadores orçamentais de curto prazo?", o Fundo diz que foi subestimado o impacto e o efeito negativo do ajustamento orçamental no crescimento e no emprego, gerando desse modo uma queda do Produto Interno Bruto (PIB) e um desemprego acima das previsões da entidade.

Para os Socialistas Europeus, os "erros" da política recessiva têm gerado "enorme sofrimento" nos cidadãos, especialmente aqueles dos países, como Portugal, onde a 'troika' tem aplicado um programa de resgate financeiro.

Nesse sentido, o grupo pede à Comissão Europeia, na face do seu presidente, José Manuel Durão Barroso, e à chanceler alemã Angela Merkel um pedido de desculpas pelas políticas que têm vindo a ser aplicadas na Europa, em concreto na zona euro.

O FMI mostrou-se hoje mais pessimista quanto à evolução da economia global este ano e no próximo, e considera que o agravamento da crise no euro é um risco "alarmante".

A economia global vai crescer 3,3 por cento este ano e 3,6 por cento no próximo, enquanto a economia da zona euro vai encolher 0,4 por cento este ano e aumentar apenas 0,2 por cento em 2013.


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