Era uma vez, em um reino encantado longe, muito longe daqui, um príncipe necrófilo que apaixonou-se por uma bela adormecida em seu leito de morte. Tomou-a em seus braços, ato contínuo, amou-a decididamente, a ponto de trazê-la do Hades para o Reino dos Mortais. Na história original, antes de Disney florear as coisas, a linda moça somente desperta quando do trabalho de parto.
Em Fale Com Ela, de Pedro Almodóvar, há esta lenda contada, filmada e mostrada, exatamente como nossos antepassados do séculos XVI/XVII conheciam. Só o final não ocorre, mas assista ao filme. Trabalhando em uma linha tênue, o amor segundo Almodóvar é também muito pouco sexual, autodestrutivo, psicótico, e cruel.
Na Bela Morta, Adormecida ou Cataléptica, ou no enredo da trama cinematográfica, o amor parece ser uma experiência de auto-transformação, onde todo o bom senso social é rompido em prol de um encontro fundamental entre o real vivo e o real inanimado.
O amor que chega arranca o personagem de seu mundo, de sua vida antiga, e lhe dá uma nova vida. Se o príncipe só consegue "falar com ela" quando é tarde demais, pouco importa. Ele conseguirá realizar sua proeza, e em breve uma paixão incendiará aos corações sedentos.
Bom, contei sobre uma história da idade média, que resultou em um clássico dos desenhos animados e ofereceu um inesquecível filme no início deste século. Mas nesta semana, o bizarro foi ao vivo:
Nesta semana, uma mulher foi presa na cidade de Gotemburgo, na Suécia, acusada de manter crânios e ossos humanos dentro de casa, utilizando-os para fins sexuais. A sueca de 37 anos será julgada e poderá pegar até dois anos de prisão.
A polícia local encontrou os ossos dentro do apartamento da mulher. De acordo com a acusada, os restos humanos teriam sido comprados em diversas partes do mundo através da internet.
É isto aí!
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