sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Rhodia tenta descartar material tóxico na Bahia



Rhodia tenta descartar material 
tóxico na Bahia e população reage

Resíduos são contaminados por substâncias organocloradas, comprovadamente cancerígenas. Para advogado, população baiana não pode pagar por irresponsabilidade da empresa, que atuou em Cubatão (SP).

População baiana e parlamentares se mobilizam para impedir que toneladas de resíduos tóxicos armazenados pela multinacional Rhodia em terrenos de Cubatão (SP) sejam levados para o município de Camaçari (BA). De acordo com a Agência Brasil, a Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) de São Paulo e o Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) da Bahia autorizaram o envio do material contaminado para serem incinerados pela empresa de soluções ambientais Cetrel Lumina.

Os resíduos são contaminados por substâncias organocloradas como o pó da china (pentaclorofenato de sódio) e o hexaclorobenzeno, comprovadamente cancerígenas. O advogado da Associação das Vítimas da Contaminação de Chumbo, Cádmio, Mercúrio e outros elementos químicos, Marcos Mendonça, ressalta que a população baiana não pode pagar pela irresponsabilidade causada pela empresa.

“Onde nós já temos um ambiente relativamente degradado por conta do pólo petroquímico, nós vamos ter agora o descarte de dioxinas, que é conhecida como “molécula da morte”, causa câncer e todo tipo de problema. Então, não podemos permitir que isso seja feito aqui na Bahia. Nem produzido aqui foi. O que a população baiana tem a ver com isso?”

Mendonça também destaca a preocupação quanto a capacidade do incinerador queimar com segurança o material contaminado.

“A queima é em torno de 20% a 30% do produto, diminui a toxicidade dele, mas ainda sim fica o resíduo perigoso, tóxico, entorno de 60 a 70% do produto que vem. E esse resíduo vai para onde?”

O advogado ainda aponta que a tentativa de levar o material para ser reprocessado em outro local acontece porque a queima dos resíduos excede os índices de emissão de poluentes permitidos em São Paulo.             

De São Paulo, da Radioagência NP, Daniele Silveira.

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